top of page

HISTÓRIA COLONIAL DA ILHA DE SANTO AMARO – GUARUJÁSÉCULO XVIII

 

 

Apesar das sérias dificuldades de povoamento, já na metade do século XVIII era possuidor de terras o Capitão José Bonifácio de Andrada (avô do Patriarca da Independência Brasileira), "cujas terras estavam situadas no sítio do Porto de Santo Amaro (extensão de terra conhecida como "Casa Grande") englobando Morrinhos, Saco do Funil e adjacências, nas fraldas do Morro dos Macacos entre os Sítios Cachoeira e o Glória".Alexandre Luís de Souza Menezes menciona uma Fazenda Conceição (1756), gleba pertencente aos Jesuítas, estuário acima, pros lados de ITAPEMA/SP.Em 1765, descreve o Censo, a paisagem era de alguns sítios com seus canaviais e suas moendas, com seus charcos cobertos de arrozais, plantações de café e atividade pesqueira, que davam para o consumo da região. Em 1770 subsistiam alguns engenhos pertencentes à Joana da Motta e Fernando Leite Guimarães.

 

MAPA COSTA MARÍTIMA SUDESTE ASSINALANDO A ILHA DE SANTO AMARO MAIS LOCALIDADES DA MARINHA - LITORAL PAULISTA [SÉCULO XVIII].

 

Por esta época também os Botelhos (família do Poeta Vicente de Carvalho) possuíam vastas propriedades na Ilha de Santo Amaro, sendo utilizadas no cultivo de cana-de-açúcar e água ardente.José Antonio da Fonseca Gouveia, Cirurgião-mor da Guarnição Militar, na Vila de Santos (antepassado de José Menino), mantinha propriedades agrícolas na Ilha denominadas Sítio Monduba e Sítio Porto do Guaibê, bastante produtivas em arroz e água-ardente. O Censo da Capitania de S. Paulo naquele ano de 1772, identifica ainda prosperarem na Ilha Santo-amarense, engenhos de cana-de-açúcar em que começavam a trabalhar pretos africanos chegados para substituir os índios, raros já, os quais não podiam ser escravos.

 

ILUSTRAÇÃO DE UMA CAÇA À BALEIAS DE FORMA TRADICIONAL.

 

Com o mar banhando a Ilha de Santo Amaro abundante em recursos naturais, tem início (meados de 1700) a produção de óleo de baleia e outros derivados, no extremo insular ("Rabo do Dragão") feita a instalação da Armação. Foi empreitada por Feliciano Gomes Neves e Silvestre Correa, arrematantes do Real Contrato de Pescaria de Baleias. Esteve sob administração de Ignácio Pedro Quintana e Companhia. Sendo o local escolhido pelo fato de haver disponibilidade de água, madeira abundante nas matas para os fornos e fundeadouro propício para atracação das naus, além do atracadouro estar abrigado do mar aberto."(...) uma verdadeira vila movimentada surgiu repentinamente naquele extremo da Ilha de Guaibê..." - Citam as crônicas da época.

 

RUÍNAS DA ANTIGA ARMAÇÃO DE BALEIAS (REGIÃO DO "RABO DO DRAGÃO") - ILHA DE SANTO AMARO [LITORAL PAULISTA] SÉCULOS XVIII E XIX.

image.png
image.png
image.png
bottom of page